O Argonauta

8.7.04

O MEU EURO



Para encerrar o tema-Euro (que já enjoa um bocadinho), vou fazer o meu balanço pessoal do mesmo, destacando o que mais me marcou:

- em primeiro lugar, o que mais me marcou foi a festa em torno da selecção. Nunca mais vou esquecer as manifestações de alegria e orgulho em ser de Portugal que vi estampadas nos rostos, nas vozes, nas janelas, a toda a hora. E que um 2º lugar não poderão nunca apagar.
- depois, tive a sorte de ir ver ao vivo 2 dos jogos do Euro: o épico Portugal-Inglaterra e o morno França-Grécia. Uma semana antes do Euro, não me ocorreria que estaria na Luz e em Alvalade a assistir a dois dos quartos-de-final. Mas a generosidade de um amigo inglês (o Richard) e da Carlsberg (provavelmente a melhor cerveja do mundo) tornaram o impensável real. Na Luz, foi a montanha-russa de emoções, em que a euforia falou mais alto. Em Alvalade, o gozo de assistir a um jogo no meu estádio, como adepto neutro, e poder saborear (descansadamente) todos os pormenores do desafio, entre os dois últimos campeões europeus, numa espécie de passagem de testemunho simbólico.
- graças ao Euro, fiz dois novos amigos: o Richard (londrino) e o Mike (escocês de Edimburgo a viver em Londres). Através de um intercâmbio de residências, pude ficar no apartamento do Richard, em Londres, aquando da minha viagem para os concertos de Divine Comedy e Magnetic Fields, e ele ficou no meu, nas noites em que a Inglaterra jogou em Lisboa e na noite do França-Grécia. Fomos ver juntos o Portugal-Inglaterra, com todo o fair-play e amizade, e no final fomos jantar e brindar às duas selecções e à amizade.
- assisti à maioria dos jogos em casa, com a família. As excepções foram o primeiro Portugal-Grécia (a que assisti no Café Portugal, em Vauxhall) e o já referido Portugal-Inglaterra. Como seria de esperar, em qualquer um deles, o ambiente foi eufórico na vitória, triste na derrota.
- em termos futebolísticos, não houve grandes novidades, tirando as surpresas grega e portuguesa. França, Alemanha, Espanha e Itália confirmaram os maus tempos por que têm passado, e o apagamento das suas grandes estrelas. A Inglaterra esteve quase lá. República Checa, Suécia, Dinamarca e Holanda praticaram um futebol ofensivo e vistoso. Por isso, foram semi-surpresas. A Letónia, a Bulgária, a Suiça, a Croácia, a Rússia foram invisíveis para mim, pois não vi nenhum jogo delas (excepto o Portugal-Rússia), e parece que não perdi nada.
- falta fazer a minha selecção ideal; aqui vai: Petr Cech / Georgios Seitaridis / Traianos Dellas / Ricardo Carvalho / Ashley Cole / Maniche / Theodoros Zagorakis / Deco / Milan Baroš / Angelos Charisteas / Cristiano Ronaldo