O Argonauta

18.6.04

THE MAGNETIC FIELDS


The Magnetic Fields @ Lyric Hammersmith (London), 12.06.04

Algumas notas soltas:

- teatro pequeno e bonito, acústica e visibilidade perfeitas
- no pré-concerto, estive à conversa com stephin e claudia que se mostraram surpreendidos por terem espectadores vindos de Portugal e que garantiram vir cá no Outono. Só falta definir o sítio.
- público heterogéneo, mas demasiado formal
- no palco minimalista, todos sentados: Stephin na voz, Claudia ao piano, Sam no violoncelo e John Woo na guitarra
- como qualquer concerto em Inglaterra, este começou cedo, poucos minutos após as 9 horas da noite, uma hora depois do que vinha marcado no bilhete (mas o atraso foi anunciado ao público, enquanto esperava no bar/lobby do teatro).
- o público inglês, deste concerto em particular, foi uma grande decepção. A sua postura em todo o concerto, além de incompreensível para nós latinos, foi deveras irritante. Frio, estático, mudo, parco em aplausos, chegava a protestar se por acaso decidíamos murmurar a letra das canções. Completamente diferente do caloroso público português. Eu só pensava: este concerto, no CCB ou num sítio equivalente ao deste teatro, em Portugal, seria recebido com incontida alegria. Quero crer que tudo se deveu às características particulares do público deste teatro, que não era propriamente constituído por fãs dos MF. Um sinal disso mesmo eram os risos que se ouvia quando as letras eram mais sarcásticas ou irónicas, o que demonstra o seu desconhecimento das mesmas.
- outra diferença para com o público português, e que contrasta com a restante formalidade, é o facto de este público levar cerveja, pipocas, sandes, chocolates para consumir durante o concerto.
- à entrada, um cartaz anunciava laconicamente como decorreria a função: 1a parte - 45 minutos, um intervalo de 20 minutos, 2a parte - 60 minutos.
- stephin e claudia passaram o concerto, especialmente a 2a parte, a trocar piropos e piadas, algumas delas de cariz mais ousado, sobre a origem das canções e não só.
- antes de cantar «kissing things», stephin anunciou que a Mojo elegeu esta música como uma das canções (de amor) mais tristes de sempre.
- algumas letras desconcertam o próprio stephin merritt, que por vezes se engana, altera-as, improvisa e teatraliza. Um dos exemplos disso foi o encore, com «Yeah Oh Yeah», soberba, num dueto/duelo, pela primeira (e única) vez em pé, entre Stephin e Claudia.
- balanço perfeito entre algumas das 69 love songs, o álbum novo e 2 ou 3 dos 6ths e stephin merritt a solo
- balanço final: um concerto perfeito, para fãs deliciados

A pretty girl is like...
I was born
I don' t believe in the sun
I don't really love you anymore
Chicken with its head cut off
I looked all over town
I thought you were my boyfriend
I wish I had an evil twin
Reno Dakota
Time enough for rockin'
Tongue tied
Dreams anymore
I don't believe you

(intervalo)

Is this what they used to call love
Book of love
Smoke and mirrors
Heather Heather
If you don't cry
Kissing things
When I'm out of town
In an operetta
Busby Berkeley Dreams
It's only time
If there's such a thing as love
Papa was a rodeo
All I want to know

(encore)

All my little words
Yeah Oh Yeah!