O Argonauta

8.4.04

RÁDIO

Alguém reflectia, por estes dias, sobre a decadência da rádio enquanto meio de informação, comunicação e entretenimento. Dei comigo a pensar sobre este tema e a concluir que a «rádio» tem hoje para mim muito menos importância que já teve, no passado:

- ao contrário do autor dessa reflexão, nunca tive que ouvir (porque nunca tive paciência) as manhãs de nenhuma rádio. Sempre que, esporadicamente, por lá passei, detestei.
- os programas de autor são cada vez mais raros e difíceis de acompanhar para alguém que - como eu - tenha uma vida preenchida. Na maior parte das vezes, esqueço-me que vai dar o programa, mas não me passa pela cabeça trocar certos compromissos familiares ou prazeres infinitos (como brincar ou ver um filme de animação com um filho, por exemplo) por mais uma emissão de certo programa, mesmo que goste muito dos seus autores.
- mesmo os relatos de futebol, é raro acompanhar: praticamente só ouço os jogos do Sporting, quando estou no Estádio, porque felizmente dá tudo na TV. Como quando vejo na TV, não gosto de ouvir na rádio (ao contrário do que já aconteceu), só recorro à rádio quando não consigo mesmo ver o jogo (o que felizmente é raro...). Ah, e só gosto dos relatos da Rádio Renascença. Acho a Antena 1 abominável, e não suporto o Jorge Perestrelo e a publicidade da TSF.
- ouvir notícias na rádio, com a emergência da SicNotícias, já só faz sentido quando vou no carro ou há acontecimentos muito importantes.

Dito isto, há um hábito que não dispenso, há quase 20 anos. O único programa de rádio a que verdadeiramente sou fiel é a Bola Branca, na RR. Sempre que consigo (às vezes mais do que uma vez por dia), lá estou eu colado ao rádio às 7.30 (era às 7.10) ou 8.30, às 12.45 e às 18.15. Hoje, a BB já tem mais edições, mas eu não ligo. A das 22.30 é muito grande (30 minutos) para o meu gosto, para além da hora também não ser favorável.

Definitivamente, para mim, os dias da rádio já não são o que eram...