O Argonauta

1.5.04

CALEXICO NIGHT

Mesmo sendo um concerto tardio (começou às 23.30 e acabou à 01.20) e de estar com metade do cérebro em casa, preocupado com o filho mais novo, a noite dos Calexico foi tão boa ou melhor que o esperado. O ambiente alternou entre o deliciado e o apoteótico, quase desde o início, e os músicos estavam encantados com o público. Várias canções tiveram versões bem diferentes dos originais, geralmente mais rockadas. Abriram brilhantemente com Pepita, e tocaram ainda (entre outras) Sunken waltz, Across the wire, El picador, Not even Stevie Nicks, Quattro, Woven birds, Bloodflow e Crystal frontier (a fechar a 1a parte do concerto). Nos encores, Black heart, Guero Canelo (com uma incursão por Desaparecido, de Manu Chao), Minas de Cobre e Corona. Como eles têm canções e discos tão brilhantes, é natural que algumas tenham faltado. Senti especialmente a ausência de algumas do álbum «Hot Rail». Fiquei com pena de não ver/ouvir Ballad of Cable Hogue, Fade, Sonic Wind, Service and Repair, Drenched, Fallin'Rain, e mais uma ou outra. Mas no final, só pensava: «assim vale a pena, e quem não foi, vai-se arrepender amargamente».
Entretanto, para um retrato ainda mais sentido desta noite, recomendo a leitura deste texto, deste ou deste. Tenho o prazer de conhecer os seus autores e gostar muito do que escrevem.